É muito triste ver os animais em trabalho de parto, porque eles não conseguem expressar sua dor da mesma maneira que as pessoas conseguem. Uma mulher grávida pode dizer o que está sentindo. Os animais não podem descrever o que sentem e, às vezes, pode ser tarde demais para eles.
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Quando a cadela de Billy entrou em trabalho de parto, ele sabia que teria que agir imediatamente. O jovem ligou para o veterinário local, solicitando ajuda. O veterinário, por sua vez, nunca tinha visto algo como aquilo. Aparentemente, a cadela não queria parir. Mas qual poderia ser a causa?
Quando o veterinário viu o resultado do ultrassom, ele descobriu tudo. Billy não sabia o que pensar. O veterinário não falou uma palavra com ele ao levar sua cadela embora. A pior parte de esperar no veterinário é não obter as respostas que você está tanto esperando. O que estava acontecendo? Isso poderia ter algo a ver com o comportamento estranho que a cadela experimentou durante a gravidez? Ou havia algo mais?
O veterinário retornou à sala de espera dez minutos depois, sem sua cadela grávida. Antes que ele pudesse questionar onde ela estava, o veterinário informou que tinha acabado de chamar a polícia — e que eles estavam a caminho.
Billy estava com o coração partido e incrédulo. Todos nós sabemos que, quando a polícia está envolvida, algo sério deve estar acontecendo. Quando o veterinário chamou a polícia, eles disseram que viriam imediatamente. Este cão precisava de ajuda especial — de mais do que apenas um veterinário. Este cachorro precisava de cirurgia, pois, obviamente, havia algo estranho acontecendo em seu estômago.
Poderia até ser uma situação de vida ou morte — e todos sabemos que isso não termina bem, se for algo preocupante.
Quando a polícia finalmente chegou, eles ajudaram o veterinário a sedar a cadela grávida, agora quase sem vida. O veterinário precisava de autoridade para agir, pois já estava além de seu controle. Os policiais não apenas ajudaram o veterinário, como também foram até Billy:
— Senhor, precisamos que você venha conosco. É importante.
Billy ficou em estado de choque. O que é que ele tinha feito de errado?
Billy respondeu às perguntas sobre ele e o cachorro que possuía desde a juventude. Um interrogatório, em um momento como este, não era nada agradável. Quando ele terminou de responder a todas as perguntas, ouviu, em descrença, um grito vindo da sala de cirurgia:
— Eu não posso acreditar nisso! — disse o veterinário.
Mas o que o veterinário encontrou dentro da cadela que o surpreendeu tanto?
Para poder entender a situação, o menino explicou ao veterinário como sua cadela engravidou. Tudo começou há quase um ano. Billy e sua família queriam muito um segundo cachorro e, como ele amava sua cadela — que se chamava Alícia — decidiu garantir que ela pudesse dar à luz um novo filhote. Mas isso não foi fácil.
Eles passaram por muitas dificuldades. Billy, Érica e seu filho de 4 anos, Tim, moravam juntos em uma pequena cidade. Eles eram uma família muito unida e queriam se expandir — de uma certa maneira.
Recentemente, na casa daquela família, houve muita tristeza. Embora tivessem acabado de se mudar para uma nova cidade e não conhecessem muito do local, havia outra razão para essa tristeza: a jovem família havia perdido recentemente um membro querido, que fazia parte da família há 11 anos — seu animal de estimação, Rio.
Ele não era apenas um animal de estimação, mas um membro de longa data da família. Aparentemente, Rio foi o primeiro amigo que Billy fez quando fugiu de casa aos 6 anos. Billy sabia que tinha criado um vínculo que duraria a vida toda.
A situação doméstica de Billy não era nada agradável. Seus pais eram verbal e emocionalmente abusivos, constantemente monitorando suas ações, a ponto de impedi-lo de fazer amigos. Billy, muitas vezes, fantasiava sobre um mundo fora do alcance de seus pais. Tanto que, assim que saiu de casa, a primeira coisa que fez foi comprar um cachorro.
Nos primeiros dois anos, Billy e Rio eram inseparáveis. O jovem lutava para encontrar estabilidade emocional quando estava sozinho, mas, felizmente, ter um amigo leal ajudava a aliviar a dor. Rio esteve presente em todos os momentos monumentais da vida de Billy, incluindo seu primeiro encontro com Érica e o nascimento de Tim.
Rio era uma parte especial de sua vida familiar e, assim como estava lá para Billy, também era muito próximo de seu filho, Tim. Ele deixou sua marca no coração dessa família.
Agora que Rio se foi, ficou claro que as coisas não eram mais as mesmas. A família estava inconfundivelmente triste, mas eles tinham uma ideia de como consertar isso: "Vamos ter outro cachorro".
Mesmo enquanto dizia isso, Billy teve que admitir que não tinha tanta certeza sobre seu plano. Érica balançou a cabeça. Ela sabia que era muito cedo para ter um novo animal de estimação. Rio significou muito para seu marido e para Tim. Tanto que ela estava um pouco surpresa por ele ter pensado em uma "substituição" para Rio tão cedo.
No entanto, havia um buraco em forma de cachorro em sua vida que precisava ser preenchido. Érica e Billy conversaram sobre isso mais algumas vezes. Érica estava preocupada que Billy estivesse entrando nas coisas um pouco rápido demais, e Billy fazia o possível para convencê-la de que estava pronto para a mudança.
Eventualmente, Billy convenceu Érica e os dois decidiram que adotariam um novo cachorro.
O primeiro obstáculo que a família enfrentou foi escolher a próxima raça que teriam. Depois de ter um Staffordshire Bull Terrier, acreditavam que essa raça seria mais fácil para que Tim se adaptasse.
Em seguida, a família se viu pesquisando na internet por um criador licenciado, pois Tim realmente queria um filhote. O casal não estava familiarizado com o mundo da criação e achava que a internet ofereceria mais opções.
Depois de muita procura, encontraram dois criadores daquela raça. O casal decidiu fazer uma viagem de fim de semana e agendou visitas com os dois. No entanto, sua viagem acabou sendo um pouco decepcionante para a família.
O primeiro criador deu a impressão errada desde o início. Embora os cachorrinhos fossem fofos e Tim e Érica se divertissem brincando com eles, Billy não conseguia afastar a sensação estranha que estar naquele local lhe causava. Primeiro, parecia que os cães viviam em áreas desconfortáveis. Segundo, o custo também parecia questionável.
A jovem família também não teve muita sorte com a segunda loja. Embora esse criador fosse mais limpo e parecesse cuidar melhor dos filhotes, o casal foi recebido com uma notícia triste: eles haviam vendido os dois últimos filhotes online.
Agora, Érica e Billy estavam perplexos. Toda a família ficou triste mais uma vez. Sentiram-se desanimados — toda a viagem acabou sendo nada além de um fracasso. Billy e Érica decidiram que seria melhor voltar para casa e bolar um novo plano.
No entanto, 15 minutos depois, durante o trajeto de volta, o casal avistou um abrigo de animais. Seria este o destino?
Érica ficou em êxtase. Ela já estava perdendo as esperanças e se sentia um pouco desanimada quando viu o pequeno abrigo na beira da estrada. Virando-se para Billy, ela implorou para que ele parasse e fizesse uma investigação rápida. Algo dizia a ela que ali encontrariam o que estavam procurando.
A jovem família decidiu que não faria mal dar uma olhada. Eles estavam em uma pequena cidade vizinha e não esperavam encontrar muita variedade — e estavam certos. O atendente do abrigo explicou que tinham apenas cinco cães sob seus cuidados, e apenas dois eram filhotes.
No entanto, um cachorro em particular chamou imediatamente a atenção do casal. Era um dos filhotes. Ficou claro que o pequeno Tim tinha o mesmo pensamento que sua mãe.
O filhote parecia um terrier, ou pelo menos, um de seus pais era. Mas a coisa mais fascinante sobre aquele animal eram seus olhos.
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Você sabe como um cachorro pode “falar” com você apenas com o olhar? Os olhos dele eram de um castanho escuro estonteante, como nenhum deles jamais tinha visto em um cão. O cachorro era tímido e sorria, mantendo distância. Era diferente dos outros cães, que dançavam e pulavam na esperança de chamar atenção. Em vez disso, o filhote olhava, em alerta máximo, para a porta.
O funcionário do abrigo explicou que o filhote havia sido deixado ali, na porta deles, na noite anterior — e ainda estava se familiarizando com o espaço. Como era tão novo e não tinha identificação, eles sabiam muito pouco sobre ele, além do fato de que não estava registrado em lugar algum.
A família Anderson queria muito o cachorrinho, mas houve alguns contratempos. O funcionário afirmou que o abrigo, normalmente, não deixava os animais irem sem antes verificar sua identidade. Aquela era uma cidade pequena, e o abrigo, menor ainda. Não havia adoções havia meses.
Esse fato fez com que os funcionários abrissem uma exceção para a jovem família. Mais tarde, se arrependeriam.
O casal ficou muito feliz e entrou para assinar a papelada necessária para a adoção do pequeno cão. Seria uma ironia do destino deixá-lo ali. Enquanto Billy e Érica assinavam os papéis, o pequeno Tim brincava com o novo membro da família, que agora estava lentamente se acostumando com os avanços do menino.
Demorou cerca de uma hora para que toda a papelada fosse assinada e registrada. Finalmente, a jovem família estava voltando para casa com seu novo animal de estimação. Todos estavam muito empolgados — principalmente Tim, que agora tinha um novo melhor amigo.
Infelizmente, esse sentimento não duraria para sempre.