Continua...



Depois de um ano, a família queria muito ter filhotes, mas a cadela parecia não conseguir engravidar. Foi quando Billy recorreu a um velho amigo. Ele queria aumentar ainda mais a família, mas parecia que isso não estava nos planos do destino.

O amigo disse a Billy que conseguiria engravidar a cadela em pouco tempo. Billy tinha suas dúvidas, mas aceitou o desafio. Era como se tudo estivesse se encaixando. Para sua surpresa, realmente funcionou — e a cadela deles estava grávida. Finalmente, a família Anderson estava muito feliz.

Ainda assim, Billy duvidava que tudo fosse legítimo em relação a esse homem e seus métodos. Então, quando sua cadela se recusou a dar à luz, ele decidiu levá-la ao veterinário local. Foi aí que todos os problemas começaram.

O plano era que Billy fosse sozinho. Provavelmente, ele ficaria um tempo na sala de espera. Com tudo acontecendo, esperava-se que a cadela simplesmente soltasse os filhotes e desse à luz. Mas não foi o que aconteceu.


Ele achou que seria apenas um check-up regular. No entanto, logo desejaria ter levado sua família com ele.

Ao chegar ao veterinário, ele encontrou a clínica muito ocupada. Era de manhã cedo, então tiveram que esperar. Billy queria agir com urgência, mas era como se a clínica não tivesse pressa nenhuma. A sala de espera também estava bastante cheia e seu cachorro chamava atenção — principalmente por causa de suas características estranhas.


Essa comoção chamou a atenção da recepcionista. Quando ela descobriu do que se tratava, ligou imediatamente para o veterinário, que a instruiu a adiar algumas consultas e mover Billy para o início da fila. Houve um pressentimento... uma sensação que a recepcionista teve — e talvez isso tenha funcionado a favor de Billy.

Alguns minutos depois, o próprio veterinário entrou na sala de espera, quase sem falar. Informou a Billy que era sua vez e pediu que esperasse ali.

Billy ficou surpreso, mas também aliviado, pois achava que só seria atendido dali a uma hora. Por que ele foi movido para cima na lista?


O veterinário deu as boas-vindas e garantiu que tudo ficaria bem com Alícia. Disse que só precisava fazer um ultrassom para entender o que estava acontecendo e pediu a Billy que não se preocupasse.

Então... tudo mudou.

Ao realizar o ultrassom, o tom de voz do veterinário mudou. Lentamente, passou de otimista para preocupado. Billy percebeu, mas teve medo de interromper. Depois se arrependeria de não ter perguntado antes.

O veterinário pegou Alícia, a inspecionou rapidamente e a levou para seu consultório. Billy ficou confuso — esperava poder acompanhá-lo para distraí-la durante os exames.

Enquanto esperava ansiosamente, Billy se lembrou do passado. Dez minutos depois, o veterinário retornou — mas sem Alícia.

Antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta, foi levado para outra sala. Lá, o veterinário explicou a situação: tinha chamado a polícia, que chegaria em breve para examinar Alícia.

Billy e Érica ficaram perplexos com aquilo. Tim começou a chorar, gritando que queria seu cachorro de volta. Um policial se aproximou e disse:

— Senhor, você precisa vir conosco. Temos que lhe fazer algumas perguntas.

Billy não entendeu o que estava acontecendo. Por que queriam questioná-lo? Ele não havia feito nada de errado. Mas, como não tinha nada a esconder, decidiu cooperar para evitar ainda mais problemas.

No início, as perguntas foram simples. Billy teve que confirmar sua identidade e que Alícia era mesmo sua cadela. Mas, em seguida, vieram questões mais detalhadas — o que ele achou estranho.

Perguntaram como a cadela ficou grávida. Billy explicou que entrou em contato com um “especialista” que prometeu ajudar com isso. Acrescentou que fez uma verificação de antecedentes para garantir que tudo fosse legal. Mas havia algo obscuro acontecendo — e as autoridades estavam investigando.

Billy mostrou as fontes e documentos à polícia para provar que tudo estava legalizado. Eles confirmaram a autenticidade dos papéis, mas disseram que precisavam de mais informações.

Foi então que o policial tirou algo da bolsa que Billy não esperava: uma série de fotos de criminosos em potencial.


— O senhor reconhece algum desses rostos?

Billy ficou chocado. Depois de olhar várias imagens, viu um rosto familiar — era o do “especialista” que o ajudou a engravidar Alícia.

Mas por que ele era suspeito?

Até onde Billy sabia, ele não havia feito nada de errado. Começou a se preocupar. O que esse homem fez com sua cadela? Isso teria relação com o parto complicado?

Pouco depois, a polícia explicou a verdade: o homem não era especialista em cães. Na verdade, ele tinha um histórico de crimes médicos. Já era procurado por testar tratamentos experimentais em animais — sem autorização.

Por isso os veterinários foram alertados para ficarem atentos a certos sinais. E, quando o veterinário viu o ultrassom de Alícia, soube imediatamente que havia algo errado.

Foi isso que o levou a chamar a polícia.

Enquanto explicavam isso, ouviram um barulho alto vindo da sala de cirurgia:

— Conseguimos!

Policiais e Billy correram até lá. O veterinário estava com algo na mão. O que era aquilo?

Durante o ultrassom, ele havia notado duas coisas estranhas. A primeira: um chip escondido dentro da barriga de Alícia. Quando viu isso, soube que precisava da polícia. Era exatamente o tipo de chip que o criminoso implantava ilegalmente.

A polícia ajudou o veterinário durante a cirurgia para remover o chip com cuidado e rastrear a origem — e foi graças a isso que encontraram o especialista. O mesmo dispositivo que ele usaria para rastrear os cães acabou sendo usado contra ele.

A segunda coisa que o veterinário viu no ultrassom foi ainda mais impressionante: o filhote em gestação era um espécime raro — potencialmente valioso.

Quando a cirurgia terminou e Alícia deu à luz, o veterinário não podia acreditar no que via. Era esse o objetivo do especialista: criar cães geneticamente raros, marcá-los com chips e, depois, rastrear os filhotes para roubá-los de volta e vendê-los por uma fortuna.

Graças a Billy, eles conseguiram extrair o chip intacto — o que levou à prisão do criminoso.

O veterinário perguntou a Billy o que ele queria fazer com o filhote. Segundo a polícia, ele tinha todo o direito legal de ficar com o cachorro — ou até vendê-lo, se quisesse.

Era um filhote raro, uma chance em um milhão. Poderia valer muito dinheiro.

Mas Billy só tinha uma coisa em mente: ele queria ficar com seu novo filhote. O chamou de Murphy.

Depois de tudo o que passaram, ele sabia que aquele vínculo era especial — e que nunca seria quebrado.


A polícia conseguiu localizar e prender o meliante. E, finalmente, Billy e sua família puderam viver em paz com seus cães.

No fim das contas, muitas pessoas tratam seus cães como se fossem parte da família. No caso da família Anderson, não era diferente.


— Não tratamos os animais como se fossem empregados. Cada animal merece ser tratado com amor e respeito — afirmou Billy.

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